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18 jul 19

Nosso roteiro de cinco dias no Peru

Em julho de 2019, ocorreu mais uma press trip da Xmart. O destino escolhido foi o Peru, para contemplar três clientes ao mesmo tempo: o Country Club Lima Hotel, em Lima, os trens Inca Rail no Vale Sagrado e o Sumaq Machu Picchu Hotel, no povoado de Machu Picchu Pueblo. Veja abaixo nosso roteiro com comentários e sugestões para planejar uma visita ao país:

 

Dia 1 – voo & descanso

O voo São Paulo-Lima tem duração curta, de apenas cinco horas. Mas parte do grupo havia feito conexão no dia anterior e, além disso, enfrentamos um atraso de quase três horas da companhia aérea. Por isso, chegamos ao Peru exaustos, com fome e ansiosos por um merecido descanso. Do aeroporto de Lima ao Country Club Lima Hotel, fizemos um percurso curto de van, já que éramos seis pessoas. Ao chegarmos, o hotel nos recebeu com um almoço incrível de menu degustação acompanhado de aula de preparação do clássico ceviche peruano.

Conjunto de sobremesas do nosso primeiro almoço em Lima

Seguimos, após o almoço, para um tour pelo hotel para conhecer todas as dependências do espetacular prédio – tombado como patrimônio peruano – que mantém a mesma estrutura desde 1927. Para relaxar o corpo depois do cansaço da viagem, um bem-vindo tratamento no spa.

Jornalistas na Suíte Dom Perignon com o diretor de vendas do Country Club, Miguel Cuya Manco

Nosso jantar, na primeira noite, foi no restaurante CaLa, em Barranco. A paisagem litorânea e o som das ondas batendo nas pedras criaram o cenário perfeito para ambientar um menu caprichado, também baseado em clássicos do país. Por fim, o tão esperado descanso nas camas que abraçam e oferecem conforto.

Deliciosa cama no quarto do Country Club Lima

 

Dia 2 – cultura em Lima

Levantamos cedo para aproveitar o farto café da manhã no hotel. Não muito depois, seguimos na companhia de um guia para um tour cultural por Lima. Visitamos o espetacular Museu Larco, que abriga incontáveis elementos históricos da construção das civilizações andinas, e passamos por alguns dos principais cenários da cidade, como a Plaza de Armas e a Praça San Martin. Caminhamos pelo centro da cidade para ver de perto a troca de guarda que ocorre diariamente em frente ao Palácio do Governo. Finalizamos nosso tour na Huaca Pucllana, um sítio arqueológico bem no meio da cidade, que passa a sensação de passado entre o presente. Retornamos ao hotel para almoçar no Restaurante Perroquet, local de encontro da alta sociedade limenha.

Belíssimo jardim do Museu Larco
Huaca Pucclana, sítio arqueológico entre os prédios da cidade de Lima

À tarde, visitamos o Museu Pedro de Osma, lar de uma antiga família de colecionadores de obras de arte. O local tem um acervo impressionante, mas o ponto alto é o conhecimento do diretor, que nos acompanhou e fez a gentileza de compartilhar sua sabedoria que nos pareceu infinita. Ouvimos sobre os primórdios do território que hoje é peruano, as relações entre famílias de nativos e de colonizadores e pudemos ver tudo retratado em peças características.

Fachada do Museu Pedro de Osma

Ao retornarmos ao hotel, tivemos a oportunidade de participar de uma incrível aula-degustação com a preparação de dois drinques tradicionais a base do famoso pisco: Pisco Sour e Chilcano. Finalizamos a noite no icônico Bar Inglés, que costumava ser um clube de cavaleiros de referência em Lima.

Kit de preparação de Chilcano

Dia 3 – ida a Cusco e a Machu Picchu

Com voo para Cusco marcado para às cinco da manhã, despertamos pela madrugada e fomos agraciados com um mini café da manhã preparado pelo hotel na recepção, apenas para nosso grupo. Lunch boxes com alguns essenciais para o voo nos foram entregues e partimos para o aeroporto. A viagem até Cusco é rápida e, em menos de uma hora e meia, já estávamos a caminho da estação de trem San Pedro. Embarcamos no First Class, categoria superior da Inca Rail. Depois de um rápido lanche a bordo e de um tempo de descanso, a equipe do trem anunciou que o vagão ao lado – que também servia de bar – começaria as atividades de entretenimento.

Café da manhã de boas-vindas no trem First Class da Inca Rail
Músicos no vagão de entretenimento

Um animado funcionário prepara copos de pisco sour enquanto fala sobre as origens das bebidas e interage com todos os presentes no vagão. Não muito depois, dois músicos se preparam para entoar canções típicas peruanas e – uma surpresa divertida – clássicas dos países dos passageiros presentes, também. O almoço é servido em seguida e a gastronomia impressiona, nada lembrando um serviço de bordo. A apresentação, o capricho e os sabores são de conquistar qualquer paladar.

Prato de entrada do almoço servido a bordo do trem

Depois de cerca de quatro horas a bordo, na chegada ao povoado de Machu Picchu Pueblo – que até pouco tempo atrás se chamava Aguas Calientes – uma equipe do hotel Sumaq espera para carregar as malas pelos poucos metros que ligam a estação de trem ao hotel. O check-in é feito rapidamente no lobby, onde são servidos drinks de boas-vindas e oferecidas toalhas quentes aos hóspedes recém-chegados.

Nos acomodamos em nossos quartos e curtimos tratamentos no spa do hotel logo antes de experimentarmos uma atividade exclusiva oferecida pelo Sumaq: uma demonstração de vários tipos de batatas peruanas cultivadas por Manuel Choqque, um morador da região de Chinchero que planta mais de 300 espécies do tubérculo (no Peru, existem mais de quatro mil tipos). Para jantar, pratos feitos com algumas das batatas em um menu degustação de 6 cursos preparado especialmente pelo sous-chef do hotel.

 

Grupo com Manuel Choqque e variedades de batatas

Dia 4 – visita ao Santuário de Machu Picchu

O tour a Machu Picchu era a atração mais aguardada por grande parte do grupo, mas é impossível antecipar a sensação que invade no momento em que se entra no Santuário. Para chegar lá, só é possível ir de ônibus oficial da cidade ou em uma trilha a pé. Optamos pelos ônibus e levamos 25 minutos até a entrada do parque. Nos acompanhando, além da guia de turismo, estava um xamã local que transformaria completamente nossa experiência.

Logo na entrada, pedimos permissão à terra para visitar o local, com ajuda de três folhas de coca e uma oração feita em quechua, língua original da região, pelo xamã. A experiência histórica e cultural que a guia apresentou, com comentários sempre pertinentes e interessantes, foi extremamente enriquecida por uma parada que fizemos no meio do caminho, em um espaço mais isolado das montanhas.

Folhas de coca para pedir permissão de entrada ao Santuário de Machu Picchu

O xamã Daniel nos conduziu por orações e por um ritual místico de conexão – que pudemos escolher entre a terra ou o universo – que desperta a força espiritual em qualquer pessoa. Ouvimos sobre as tradições andinas e o respeito à Pachamama (Mãe Terra) e saímos com o espírito e as crenças renovadas.

No retorno ao hotel, nosso almoço também teve ligação com a terra: o hotel preparou uma experiência de Pachamanca (panela de terra), no qual os alimentos são enterrados e cozidos em pedras quentes já embaixo da terra. Os sabores acentuados e deliciosos são servidos no restaurante do hotel, depois de assistirmos à retirada dos ingredientes da terra.

Nossa última aula de preparação de ceviche da viagem foi acompanhada também por uma demonstração dos drinques do hotel, à base de ingredientes locais e com criações muito inteligentes e especiais. Para fechar a noite, nos encontramos novamente com o xamã Daniel para participarmos de outro ritual: o Pago a la Tierra, ou agradecimento à terra.

Xamã Daniel na preparação do Pago a la Tierra

Dia 5 – retorno

Antes de embarcar no trem de volta, nosso grupo teve algum tempinho para comprar nas típicas lojinhas que cercam a estação. Comerciantes ofereciam os mais variados produtos para serem trazidos de volta como souvenirs. Nosso retorno foi a bordo de outra categoria da Inca Rail, a The 360º, que possui vagões com janelas maiores para que a paisagem possa ser mais apreciada, além de um vagão com janelas completamente abertas no qual o vento reina.

Antes de chegarmos a Cusco, descemos do trem em Ollantaytambo para trocarmos de meio de transporte. Uma van nos levou da região até nosso destino, parando antes na área de Chinchero. Lá, pudemos observar o processo artesanal de fabricação de tecidos feitos com lã de alpaca e tingidos com ingredientes naturais como flores, folhas e sangue de insetos.

Voltamos ao aeroporto parando para almoçar no centro de Cusco e, logo em seguida, retornar ao Brasil com uma bagagem muito maior do que as esteiras e balanças de aeroporto conseguem mensurar.

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